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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Desinformação: a "praga" incrustada nos proibicionistas e conservadores



A desinformação realmente é uma “praga” que está presente em boa parte da população brasileira, principalmente quando falamos em drogas. Eu ainda não consigo entender qual a relação da descriminalização da maconha e famílias aniquiladas, como muitos pregam. Infelizmente o que ainda se vê são pessoas que insistem em colocar a maconha no mesmo patamar que o crack, o que é um absurdo. Atualmente caiu-se na imbecilidade de comparar usuários de maconha com usuários de crack, como se os “maconheiros” fossem realmente algum problema ou alguma ameaça à segurança pública.

De fato, o Brasil sempre foi um país que correu das responsabilidades no que diz respeito às drogas. Uma, porque o assunto sempre foi delicado e irreversivelmente os políticos que se dispõem a defende-lo ou apenas pedir a discussão do tema acabam sendo estigmatizados e perdendo votos. Segundo, porque muitos ainda não conseguem dar o braço a torcer e ver o tamanho do genocídio que acontece a todos os dias em detrimento da chamada guerra às drogas. Terceiro, porque muitos ainda se apoiam nos mitos contados por suas respectivas religiões e como o Brasil invariavelmente é um país cristão, a questão da maconha acaba sendo levada e tratada pelo lado religioso, o que é um completo absurdo. O Brasil definitivamente precisa perder este conceito de que religião é uma forma de educação, pois religião na verdade são crendices. Respeito a todos, independente de suas crenças, mas querer misturar esse assunto com o problema urgente do abuso de entorpecentes já é demais!

O que se vê por aí são pessoas completamente desinformadas, que sequer um dia souberam o que é maconha e seus efeitos, e que estão aí demonizando mais uma vez a maconha, como se ela fosse uma espécie de crack. Vale a pena lembrar aos que tem memória curta, que um dos principais pontos em que ajudaram a disseminação do crack no Brasil foi justamente a forma de tratamento equivocada que deram à droga. No início dos anos 90, a até então droga vinda dos EUA, era taxada em terras tupiniquins como um novo tipo de maconha. Tal tratamento errôneo somado à letargia do Ministério da Saúde em campanhas de prevenção, acabou deixando que a situação virasse o circo que é hoje. E eu encarecidamente te pergunto: bater, prender e humilhar usuário de drogas vai dar certo? Creio, que não! Não deu até hoje, depois de 40 anos de repressão! O que foi visto foi caminhões e mais caminhões de dinheiro público sendo jogados no lixo!

Ademais, para aqueles que ainda insistem na proibição, vale a pena ressaltar que um dos grandes motivos que levam usuários a não pedir ajuda é justamente a criminalização dos mesmos. Como vocês proibicionistas querem resolver o problema e “ proteger” as famílias das drogas, se vocês são os primeiros intolerantes à pedir cadeia e repressão aos usuários?  Lembrem-se, que os mesmos usuários que vocês tanto condenam são ao mesmo tempo membro das famílias que vocês dizem que querem salvar das drogas. Não é no mínimo contraditório o pensamento de vocês?



                                  Fonte: Maconha da Lata

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